quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Interpretando Traumas



Freud explica, é tudo uma questão sexual!

E isso não é brincadeira. Pela noção freudiana, pode-se concluir que: trauma é um acontecimento de natureza psíquica, no qual o indivíduo está sujeito a uma excitação que não pode ser eliminada – seja por incapacidade devido ao momento de seu desenvolvimento psíquico ou mesmo por alguma proibição – que essa excitação é sempre de natureza sexual ou mesmo ligada a objetos que estimulam o erotismo. Freud não estipula isso apenas por dedução. Em todos os casos que atendeu, o paciente tinha uma disfunção, um recalque sexual reprimido. E segundo seus estudos isso está intimamente ligado à infância desde seu início. A criança já reconhece objetos externos como pessoas (pai e mãe ou amigos), e reconhece eles como modo de eliminar certa excitação,e que é a vivência do complexo de Édipo vai ser sempre traumáticos, pois a realização de todos os desejos implicaria a própria destruição do indivíduo e da cultura já que estamos sob um teto de regras sociais e vigilância constante para com a criança.

O que é Complexo de Édipo? Freud também explica:

“... Nele culmina a sexualidade infantil, a qual influencia de maneira decisiva a sexualidade do adulto por seus efeitos posteriores. Cada bebê que nasce é colocado no dever de chegar ao fim do Complexo de Édipo; aquele que não chega a isso é levado à neurose...”

Tudo passa a ser entendido como uma questão de sublimação da sexualidade e dificuldade dessa sublimação ou mesmo da impossibilidade de realizar em sua totalidade.Freud, ao explicar usa tanto métodos científicos como conceitos como o de aparelho psíquico,libido, pulsão. Esses estudos de Freud designaram vários outros psicanalistas a partirem de seus conceitos. Mas na época, não aceitavam e riram de Freud. Hoje, a vigilância com as crianças é ainda maior do que na época de Sigmund Freud devido às inúmeras conexões e vigilância dos pais que acabam por impedir os instintos das crianças por tabus da sociedade. Mas também não quer dizer que toda criança acabará traumatizada por isso. Tudo depende de como as coisas caminharem, se houver problemas na fase do complexo de Édipo, e depois a pessoa for seguindo caminhos que a faça manter-se saudável, ela vai manter-se saudável, da mesma forma que ela pode seguir a vida de maneira torna e desenvolver sintomas mais para frente. Sintomas que podem refletir tanto fisicamente como psicologicamente. E para Freud, curá-los remete a trazer à tona aquela excitação reprimida tempos trás... Vamos brincar de analisar? Na segunda parte desse post, colocarei um exemplo de como seria uma análise freudiana e como faria para curar o paciente em seu modo catártico de psicoterapia. É bem divertido.

domingo, 16 de novembro de 2008

Filmes - Parte II - [REC]

[REC] - Minha análise



Eu estava indo para ver Jogos Mortais V, já me acostumando com a idéia do filme na cabeça há alguns dias. Mas chegando lá, não tinha o horário que eu queria, e como a vontade de cinema era tanta, bom, vamos ver [REC]. O filme espanhol que estréio no Brasil dia 14 de novembro não tinha mais do que quatro pessoas na sessão de sábado a tarde, dia 15 pós-estréia. “O filme é ruim”,pensei. Ótimo, estava em boa companhia hehe. O filme iniciou com pinta de documentário escolar daqueles bem chatos que passam nas salas...Filmado na primeira pessoa, não como em Bruxa de Blair que a câmera é caseira e há passagens fora dela, tudo é feito apenas com uma câmera profissional.
Uma repórter e seu cinegrafista vão filmar a rotina de uma unidade de Corpo de Bombeiros para seu programa noturno, acho que era o “Enquanto você dorme”. Ainda na pegada de documentário chato, a repórter desanimada tenta arrancar algum clime interessante dali. Mas a coisa lá dentro dos bombeiros é bem monótona, e tudo que poderia mostrar é eles comendo, quem trabalha, sala de TV e quadra de basquete em que passam o tempo enquanto não recebem uma chamada. E a chamada pode ser para resgatar animais de estimação, pessoas que caem de escadas e até de incêndios propriamente ditos.
Então, quando menos esperam, vem a primeira chamada da noite. Os bombeiros e a equipe de televisão vão para um prédio onde uma senhora idosa está presa em seu apartamento. Os moradores do prédio pequeno se aglomeram no hall de entrada, já que todos acordaram com os gritos da mulher. Dois policiais, já no local, tentam controlar as pessoas, mantendo todos juntos, enquanto os bombeiros subiram para arrombar a porta e liberar a idosa. Mas logo que conseguem, percebem que algo de muito estranho com a mulher, que parece mentalmente perturbada, banhada em sangue, ela ataca um dos policiais à mordidas como um animal bizarro e perturbado! Quando tentam levar o ferido para fora, descobrem que o prédio está trancado. Vários oficiais do lado de fora, quase como uma espécie de Swat, isolam o local e pedem que todos aguardem com calma por um agente da vigilância sanitária, sem informar ninguém que está havendo. Enquanto todos tentam entender, um dos bombeiros cai do vão da escada com marcas de mordida se estatelando no chão no meio de todos. Entram em pânico, sem saber o que está acontecendo. Tudo acontece em frente à câmera de televisão, com o [REC] ligado, registrando todos os momentos.
Eis as curiosidades que reparei. Pablo, o cinegrafista em momento algum do filme aparece mais do que seus pés e sua voz. O elenco trabalha de maneira a ajudar incrivelmente para que o filme parecesse uma gravação real; os rostos, as expressões, eram personagens palpáveis e ultra-reais.
Apesar do desenvolver da trama deixar um pouco a desejar nas explicações, é um terror que foge dos clichês americanizados com o áudio em espanhol e unicamente legendado.
O fato de mortos-vivos contaminarem com a mordida não é nenhuma novidade no cinema e nas histórias do tema, mas isso foi quebrado com a história da “menina possuída” como foi colocado, e era isso que deveria ter trabalho mais para se distanciar ainda mais do terror e clichê americano.
Mas ainda destaco outro ponto que o filme me ganhou muito: O medo. Há muito tempo eu não conhecia filmes de terror/suspense que prendesse o espectador na cadeira em agonia e medo como deveria ser a intenção de todos os filmes. O filme dá esperança e tira a todo o momento, e nos faz esperar por um final feliz como todo bom filme hollywoodiano. Mas o filme realmente causa a agonia e o medo, não sei dizer se é pelo inesperado – porque nem é tão imprevisível assim – ou pela qualidade “trash” de produção. O terror também é provocado por mudanças bruscas de cenários, por volumes exagerados de som... Aqui está mais um exemplo de um bom filme europeu.
Resumidamente, classifico o filme como “Bom”, numa categoria de: Ruim, Regular, Bom e Ótimo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Filmes - Parte I

Recentemente assisti [REC], e fiquei com vontade de comentar sobre. Daí me veio a inspiração para falar de outro filme que gosto muito: O Fantasma da Ópera.
No próximo post.

- Coming soon -


Lânguidamente romântico

Porque eu gosto de romance, tragédia, arte, história e seus derivados. Gosto de escrever e admiro a literatura. Sou a favor de todo tipo de publicação e divulgação.
Faço jornalismo, e como tal, começarei a expor idéias minhas em um blog. Pode até parecer clichê, desinteressante, não me importo. Isso é um arquivo pessoal. Tenho muitas idéias, muitos sentimentos que precisam se escritos. Mas nem sempre sou uma pessoa boa em organizar as palavras para tal.
Esse vai ser o meu Mundo de Romance.
Bem vindos.