quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Interpretando Traumas parte II

Devo confessar aqui que eu perdi os primeiros parágrafos desses meus textos, mas vou tentar recaptular para que possa publicar essa minha brincadeira de análise com historinha.

Num caso de um seqüestro. Ok, vamos resumir a historinha. Stephan, 16 anos, é um menino de família rica, tendências homossexuais, excentrismos, problemas com a família por isso. Desenvolveu vícios de drogas e outros problemas. Afonso o seqüestra num bar e o leva para um quarto onde o mantém preso por muito tempo. O cativo tenta distanciar-se emocionalmente da situação por meio da negação do que de fato está acontecendo. Ele fantasia que “é tudo um sonho”, ou perde-se em excessivos períodos de sono, ou em desilusões de ser magicamente libertado.

Ele pode tentar esquecer a situação dedicando-se a tarefas inúteis, com que “preenchem o tempo”. Então, observa-se que o raptor (Afonso) também é influenciado pela interação das personalidades. Ele dificilmente é capaz de conservar sua crueldade o tempo todo caso mantenham contato com os cativos, e passam a ponderar que seu cativos também é um ser humano com problemas e aspirações. E por isso podem tentar isolar-se de seu cativo. O que consequentemente aconteceu quando Afonso se viu na situação delicada de Stephan quase morrer adoecido por conta de seus “cuidados” e falou para o cativo que ele estava liberto.

Tod ser humano nessas condições de cativeiro, experimenta uma “regressão a estados infantis, todo ser humano, que dá o gancho que me permite dizer tratar-se de algo antropológico e não simplesmente psicológico – assim como impulso de matar, embora desencadeie-se por fatores de ordem psicológicas, não é possível explica-lo por razões puramente psicológicas. Ele estava mentalmente, fisicamente e espiritualmente afetado.

NOTA: Lipot Szondi, criador da Psicogenética, diz que o impulso de matar está na raiz da mesma constituição humana; e que a vida humana é um esforço contínuo para vencer tal impulso.

Depois de um tempo liberto, Stephan não suporta ficar lugares abertos e não suporta multidões. Sintomas de traumas
que provavelmente geraram uma Histeria de Angústia, que segundo os estudos de Freud, é um tipo de neurose cujo sintomas mais marcante são as fobias. Mas com todas essas bases, ainda podemos dizer que, tais sintomas não vieram apenas por causa do trauma do seqüestro. Eles de desenvolveram por dois fatores, esse que é o experimental atual e sua época infantil recalcada. A genética pode explicar muita coisa sobre sua homossexualidade, mas grandes fatores de desencadeamento podem ter vindo dessa época, a do Complexo de Édipo. Para descobrir isso é necessário submeter o menino ao modo freudiano psicoterápico, que é o método catártico, onde o rapaz seria hipnotizado para ampliar sua consciência, e o fazer retroceder até a época em que o sintoma surgiu pela primeira vez.

A interpretação de sinais expostos em sonhos também poderia ajudar a diagnosticar as possíveis causas.

Ele pode ter sofrido com a ausência dos pais, a mãe pode ter deixado de amamentar muito cedo, a presença do pai ser a mais presente, e por isso ter gerado fantasias édipicas pelo pai, que bem anteriormente pode ter abusado dele. Então, assim que se viu preso num quarto com um homem mais velho e dominador esses sintomas despertaram nele e o tornou maus suscetível a desenvolver a Síndrome de Estocolmo, que, por sua vez, atingiu-lhe despertando o medo por lugares abertos – que para ele pareceria pouco seguro – e de multidões – por constrangimento de seu visto e talvez não merecer isso -.

A cura seria infiltrar-se nas antigas memórias dele e trazer à tona as lembranças dele com o pai.

Para Sigmund, nada pode ser evitado, faça o que fizer, tudo vai dar errado mesmo, depois a gente resolve na sala de terapia!

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